Passei por tua casa esta noite.
Não sei porque o fiz. Precisei de o fazer. Talvez para sentir as borbuletas na barriga quando ia ter contigo, quando te ia buscar para passearmos. Talvez para me recordar do teu beijo à entrada, a tua mão no meu cabelo, "estás bonito hoje".
Passei por tua casa mas não parei. Tive vergonha de passar por lá. Como se fosse um stalker, como se estivesse a invadir o teu espaço. Como se estivesse a cometer um crime.
Percebi que não sei lidar com isto. Não te quero, nem consigo ter, como amiga. Dóis-me! Frustraste-me.
Tanta vez que disseste para eu parar e pensar no que realmente queria, para eu ter certezas do que estava a fazer e a decidir. E no fim... as duvidas sempre foram tuas. Tiveste a impulsividade de dizer que me amavas e arrependeste-te.
Fizeste de mim um Frankenstein. Trouxeste-me de novo à vida para pouco depois me tirares o que me deste. Se tens culpa, não sei. Mas merda, se dói!...
Não consigo estar contigo. Não tenho tema de conversa, não sei se aguentaria estar tão perto e tão longe. E sentir a tua frieza de quem está resolvida com o nosso passado. Desculpa se sinto mais do que tu. Não faz de mim mais imaturo, faz de mim mais apaixonado. Mais do que tu estiveste por mim.
Estou tão mal resolvido.
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