Por ti me perco, quando em ti me quero encontrar.
És o sopro do vento, o cheiro do mar.
És fogo, és vulcão, és calor, és dor,
És senhora do meu coração.
Mulher,
És uma nota escrita, perdida, mal guardada.
És distante, cruel, fria, nua.
És porventura a prova de uma noite bem amada,
Gozada, sob o olhar da Lua.
Mulher,
És a perdição, tão única e exclusiva,
És a frustração, insistente e invasiva,
Que me acompanha nos trilhos da loucura
E é pura, a impotência que me ampara
O grito mudo que ecoa nas ruas mortas de Lisboa.
Escuta! Mulher,
Não és diva, musa ou inspiração,
És mulher, tens alma, corpo e coração.
Não te quero cantar um dia lá distante,
Escrever um poema forte, sonante!
Quero dar-te, porque te amo (e este é o ponto),
A vida, a minha vida,
Que por ti a perco e em ti a encontro!
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